No último domingo tivemos o encerramento da Escola Dominical com um piquenique no zoológico de Sapucaia. As crianças conversaram sobre os diferentes tipos de animais, como Deus faz cada um de um jeito diferente e como Ele é bondoso e mantém cada um deles.
Mas uma coisa me chamou a atenção: Deus mantém cada um deles, mas a comida e o remédio vêm de fora da jaula. Prender um animal na jaula e deixá-lo sem assistência é o mesmo que lhe dar uma sentença de morte.
No nosso caso, Deus não nos prendeu em uma jaula primeiro para depois nos alimentar. Ele primeiro nos criou livres, perfeitos e nos deu um jardim com tudo o que necessitaríamos para viver eternamente felizes. Fomos nós que escolhemos nos enjaular em pecado e por isso Deus se viu obrigado a nos dar sua Lei. Ainda hoje é assim. Deus oferece um Jardim do Éden ao homem, mas este procura sua própria liberdade dentro de uma jaula de pecados ou dentro de uma jaula de normas e regras onde a verdadeira liberdade é mascarada.
Se o nosso socorro não vem de fora, certamente nossa vida seria tão desesperadora como a de um animal enjaulado sem assistência esperando a morte chegar. Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus (Gálatas 4.4-5).
É de fora que vem a nossa salvação e é para fora que nós fomos chamados. Nessa época de Advento, vamos nos lembrar daquele que veio de fora, que se encarnou, se humilhou e foi obediente até a morte – morte de cruz. Nessa época de Ações de Graças, vamos nos lembrar da comida e remédio que Deus bondosamente nos oferece em sua Palavra e de todos aqueles que por meio das nossas ofertas de gratidão também serão tocados por essa mão bondosa de Deus. Amém.
Otto Neitzel
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