Ouvimos dizer que há pessoas entre vocês que vivem como preguiçosos…; Tessalonicenses 3:11
Existe na cultura brasileira a chamada Lei de Gérson. Uma “lei” não-escrita na qual a pessoa que“gosta de levar vantagem em tudo” segue, no sentido negativo, se aproveitando de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou morais. A expressão originou-se de uma propaganda, de 1976, na qual, Gérson, da Seleção Brasileira era o protagonista. “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também.” Virou lema, regra de conduta, Lei, um Mal….
Onde se manifesta? No mercado: Muitos comem e não pagam. Na fila: Há sempre o “furão de fila”. Na Escola: Burlar virou regra. Tanto que milhões de alunos e todo o país, foi prejudicado no último Enen. Na política: Nem se fala. Na relação familiar: A fidelidade é tratada com desdém e a traição é moda…. Podemos levar vantagem em tudo? Não! Pelo menos não sem prejudicar alguém. Como se chama esta postura? FALTA DE ÉTICA… Pessoal, profissional, familiar, social… Cristã… etc. Falta de Valores sadios.
Na Igreja acontece também? Pode? Paulo afirma aos cristãos de Tessalônica: “Ouvimos dizer que há pessoas entre vocês que vivem como preguiçosos; não fazem nada e se metem na vida dos outros” Vivendo como preguiçosos alguns tentavam levar vantagem até na vida de igreja. Desta forma sobrecarregavam alguns. Paulo é duro na sua fala: “quem não quer trabalhar que também não coma”. Quem não se compromete com a igreja, que não venha reclamar direitos… Na Igreja, é bom lembrar, não há direitos, só a graça… a graça de Deus que compromete a todos. Logo, também para a Igreja a idéia de se levar vantagem em tudo, é ruim.
Novembro é mês da Mordomia dos bens, da oferta. Algo inerente a vida da igreja. Tanto que há um mês inteiro para se falar sobre este tema. Oferta há, de alguma forma, em todas as religiões; Geralmente num processo de troca, de levar vantagem, de ofertar para receber. Nós também tratamos de oferta, mas de modo diverso: como livre decisão diante de Deus; como gratidão; E como comprometimento com Deus que nos supre de todo o necessário para a vida(Lutero).
Mas há problemas com nossa oferta: poucos o fazem com regularidade; Talvez alguns ofertem das sobras; Alguns, bem, talvez se enquadrem na definição de Paulo: preguiçosos, porque não ofertam. Excluem-se aqui, todos aqueles que não tem condições de ofertar por desemprego, por atraso de salário, doenças, etc. Estes devem procurar a ajuda da Igreja.
Como se chama esta postura? No mínimo, falta de compreensão na Adoração, na Comunhão, na Educação, no testemunho e no Serviço(Diaconia). Falta compreensão com a Missão, com o ser Igreja, com o ser uma comum-unidade. Quem pode e não oferta expressa sua vontade de levar vantagem em tudo… até na Igreja. Assim dá mau testemunho e sobrecarrega outros.
O quê Deus Diz? Será que alguém pode roubar a Deus? Mas vocês têm me roubado nos dízimos e nas ofertas. Ml 3.8; Eu afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estavam sobrando. Ela deu tudo o que tinha para viver. Lc 21.1-3; No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha a parte, em casa, conforme sua prosperidade, e vá juntando,… 1 Co 16.2; Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não por tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. 2 Co 9.7
Nós somos uma comum-unidade que trabalha. Também não queremos ser preguiçosos no OFERTAR; Assim, ninguém será sobrecarregado no ofertar. Motivados pelo amor de Deus, que nos ofertou seu Filho, ofertemos também. Com generosidade, com regularidade e com gratidão. Contrariando a Lei de Gérson, estaremos TODOS comprometidos com a tarefa de levar Cristo para Todos. Nossa oferta é parte disso. E muitos serão alcançados pelo evangelho pregado com a ajuda desta oferta, da união de toda a comum-unidade chamada Igreja. E serão salvos;
Diante disso Paulo conclui: “Em nome de Jesus Cristo, ordenamos com insistência a que vivam de um modo correto e trabalhem”, ou no caso, que ofertem para o bem da comum-unidade; Que este conselho de Paulo seja recebido por todos nós, como recomenda Paulo, “como mútuo aconselhamento entre irmãos”. 2 Ts 3.15. Amém. Pr José Daniel Steimetz
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