– Bah! Esse fim de ano está tão corrido. Ainda nem deu tempo pra isso. E eu ainda tenho que comprar o presente pro meu amigo secreto.
– E se você, ao invés de ganhar qualquer coisa do seu amigo secreto, pudesse escolher o seu próprio presente. O que você escolheria?
– Deixa eu pensar… são tantas coisas… um celular novo, um laptop, um par de sapatos, uma calça jeans, uma bicicleta, um carro novo, um mundial…
Esse é um típico diálogo de fim de ano. São tantas coisas pra escolher, mas na hora de ganhar não é bem aquilo que nós esperávamos. Quando ganhamos qualquer coisa, sempre agradecemos, é claro! Mas e se você pudesse escolher?
Na nossa vida espiritual também é assim. Existem tantas coisas que poderíamos escolher. A nossa natureza humana tem uma imensa lista de coisas para corrermos atrás. Esta lista é tão extensa que cada vez mais nos vemos obrigados a correr ainda mais rápido e irmos cada vez mais longe para termos tudo. Para piorar a situação, essa lista não tem fim e não termina nunca. Nela encontramos desde artigos de luxo até necessidades básicas como alimentação e saúde.
Há, no entanto, um presente que nós jamais seríamos capazes de colocar junto nessa nossa lista de presentes. Na verdade, esse presente nem é considerado um presente, pois compromete todo o restante da nossa lista. Esse presente vem de um “amigo secreto” que soube exatamente aquilo de que nós realmente necessitávamos e ainda necessitamos. Ele não gastou apenas alguns reais, mas gastou tudo o que tinha de mais valioso para a nossa salvação. Jesus menino – o presente mais caro que a humanidade já recebeu.
Nesse fim de ano, nessa correria toda, vamos correr! Vamos correr como aqueles pastores de ovelhas correram, que abandonaram o seu rebanho e saíram correndo para ver o presente de Deus: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer (Lucas 2.15).
Amém.
Otto Neitzel
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