“Neste dia chamo o céu e a terra como testemunhas contra vocês. Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição. Escolham a vida… Amem o Senhor, nosso Deus, obedeçam ao que ele manda e fiquem ligados com ele. Assim vocês continuarão a viver e viverão muitos anos na terra que o Senhor Deus jurou que daria aos nossos antepassados Abraão, Isaque e Jacó“. Dt 30.19-20.
Havia um filho único de um rico fazendeiro que não valorizava o esforço do pai. Colocava tudo fora. Certa vez o pai, já velho, chama o filho e diz: “filho estou velho, doente e fraco. Conheço a vida que você leva. Quando eu morrer, você vai desperdiçar tudo e cair na miséria. Desesperado, desejará a morte. Para adiantar o serviço, deixei no celeiro uma forca para você. Lembre-se disso! É meu último presente”. O tempo passou e o velho morreu. E o filho pôs tudo a perder. Na desgraça, lembrou-se da forca que o pai lhe fizera e optou pela morte. Foi enforcar-se.
Deuteronômio registra a fala do velho Moisés ao povo de Deus. Ele propõe que o povo escolha entre a vida e a morte. Nós hoje somos o povo de Deus. E a escolha entre a vida e a morte é parte do cotidiano. Como muitas vezes esquecemos os conselhos do Pai Celeste, freqüentemente optamos pela morte, e nos perdemos.
No âmbito da família temos a questão do adultério, do divórcio, dos juramentos quebrados. Escolher a morte da família é mais fácil. Mas Deus espera de nós, que tenhamos nosso coração orientado pela sua Palavra. Ela nos orienta a lutar pela fidelidade, pela manutenção dos relacionamentos e das promessas feitas.
O mesmo se dá na sociedade. Os valores éticos corretos são abandonados. A Lei da Fixa Limpa foi deixada para mais adiante. Políticos esquecem as promessas. O sim vira não e o não vira sim,não de acordo com o que é direito, mas conforme a conveniência de alguns. Assim, a sociedade apodrece e escolhe a morte dos valores éticos. A honradez, a honestidade, o compromisso são deixados de lado.
No que diz respeito a Igreja não é muito diferente. Opta pela morte ao não denunciar injustiças, ou permitir crenças contrárias aos Mandamentos tais como adorar ídolos, permitir um sincretismo, como se tudo fosse a mesma coisa. Tem deixado de apontar o pecado, substituindo o testemunho de Cristo pelo incentivo de conquistas materiais.
A luz da Palavra de Deus precisamos resgatar o fato de que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida da família, da sociedade e da Igreja. COMO? “Amem o Senhor…” – diz Moisés. Amar a Deus é o primeiro mandamento, dentre aqueles que o salmista lembra ser necessário observar. Mas, quanto os valores saudáveis da Palavra de Deus, têm orientado as nossas escolhas? Para muitos a opção pela morte pode ser fatal: acabam perdendo tudo, inclusive a fé e por isso a vida eterna. Talvez você se sinta assim hoje. É possível mudar? Há uma segunda chance?
Lembram da história do filho? Dirigiu-se a forca e se joga rumo a sua opção pela morte. Ela quebra-se. Seu pai a fizera oca, cheia de ouro e um bilhete. Nele estava escrito: “Meu filho, infelizmente eu tinha razão. Você perdeu tudo e optou pela morte. Mas eu quero que você viva. Amo você. Esta é sua segunda chance. De agora em diante opte pela vida.”
Esta história nem tão fictícia, traz uma grande verdade bíblica. Deus não quer a nossa morte e perdição eterna. Ele está sempre disposto a nos dar uma nova chance e nos incentivar a optar pela vida. A recomeçar e a reconhecer a vida que vem dele e a orientação que ele nos dá na sua palavra. A segunda chance que Deus dá chama-se PERDÃO. Perdão é o ato incondicional de Deus nos receber na sua presença a fim de fazermos novas opções.
Nosso perdão e vida não está numa forca MAS numa cruz. Na cruz de Cristo, cuja caminhada acompanhamos nesta quaresma. Nela Ele morreu em nosso lugar para nos dar uma nova chance. Ele é o nosso salvador. Senhor sobre a vida e a morte. Ele nos convida a optar pela vida que vem Dele.
Pr José Daniel Steimetz
Sem comentários