Fiquei duplamente indignado na quarta-feira à noite ao assistir pela TV o jogo entre Inter e Santos. Nem vou lembrar que o meu time do coração estava vencendo o jogo por 3 x 0 até os 31 minutos do segundo tempo e, no final, saiu de campo amargando um empate desanimador. Como torcedor já entrei em férias nesse ano.
Minha indignação mais prolongada está na imagem que me constrangeu na hora da execução do Hino Nacional. Jogadores completamente alheios ao momento, uns de boca fechada, outros displicentes, outros mascando chicletes. São imagens que, ao entrar nos lares brasileiros, não acrescentam senso de patriotismo na nossa juventude.
Como festejamos nessa semana mais um Sete de Setembro, é oportuno refletirmos sobre nosso senso de patriotismo. As constantes reportagens de corrupção em todos os setores da sociedade, a impunidade dos criminosos, o descaso na saúde pública, na segurança e na educação, nos levam a “mascar” chicletes em termos de nacionalismo.
Precisamos resgatar alguns aspectos da cidadania, começando com o cultivo de maior respeito na execução do Hino Nacional. Para isto é importante destacar aquilo que não costuma fazer parte da mídia. A liberdade religiosa, a distinção entre Igreja e Estado, as oportunidades de trabalho e de laser, o processo democrático que se consolida em cada processo eleitoral são conquistas que precisam ser valorizadas.
A gente não precisa idolatrar a Pátria como cantamos no nosso Hino, mas ela pode ser mais amada. Seguidamente ouvimos a expressão que “Deus é brasileiro”. Isto não deixa de ser verdade, levando em conta as tantas dádivas que derramou nesta terra. A Bíblia diz: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo 33.12). Nossa oração é que ele continue abençoando nossa Pátria, através de cada cidadão, a começar pelo respeito ao Hino Nacional.
Edgar Lemke
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