Vaidade

No filme “o advogado do diabo” (1997), a entidade maligna atende pelo nome de John Milton, advogado de extraordinário sucesso, interpretado por Al Pacino. Uma das frases que permeia o filme do começo ao fim é esta: “vaidade é definitivamente meu pecado favorito!”

Essa parece ser uma das questões chaves deste filme. As grandes oportunidades que a vida apresenta e a forma como se reage a elas, que decisões se tomam e, principalmente, quais as reais motivações para estas decisões. Para onde elas levam? Que caminhos constroem para vida?

Por mais difícil de aceitar, sempre o homem é o único responsável pelas situações as quais se debate em sua vida pelas decisões e atitudes que toma.

Um exemplo da Bíblia: Ao serem tentados por Satanás, homem e mulher, se deixaram levar pelo fato que poderiam ser “iguais a Deus”! Pura vaidade!  Todavia, não assumiram a culpa e apontaram o dedo um para o outro.

A vaidade faz com que as pessoas não admitam seus erros. A vaidade os cega de tal maneira que se tornam donos da verdade e passam a criticar a tudo e a todos sem, no entanto, perceberem suas falhas. Tornam-se arrogantes e autossuficientes. Comprometem valores, ética, moral, verdade e outros elementos indispensáveis em uma sociedade. É o que alguns chamam de “síndrome de Lúcifer” – “Uma obsessiva tendência narcisista… gostam de holofotes, bajulação e a glória que o fausto lhe concede”. (Samuel Vieira).

No livro de provérbios, Salomão afirma que o caminho mais curto para o tombo é a soberba. Augusto Cury diz que “a vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve”. Também não é uma questão de aparência. A vaidade mais grave é aquela que se esconde por trás de uma falsa humildade!

Entretanto, a humildade é uma virtude para Deus ver e não para o homem ver. Não é a negação pura e simples de dons, capacitação e virtudes pessoais, mas o sentimento constante da necessidade de Deus para uma vida mais plena, saudável e cheia de frutos verdadeiros. Não é uma mera rejeição de palmas, prêmios e reconhecimento mas uma transferência destes para quem de direito! É a prática do “Soli Deo Glori” – Somente a Deus toda a Glória! (Ultimato,2001)

Jesus ensinou com sua vida que o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes.

Duas palavrinhas:

Vaidade: O orgulho só traz brigas; é mais sábio pedir conselhos. Provérbios 13.10

Lição: Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Mateus 11.29

Pastor Capelão – Sergio Becker
Mal. C. Rondon, PR

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