“Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus”. 1 Timóteo 2.5
O mundo todo, em especial o mundo Católico, celebra a eleição do novo Papa, Francisco I. Que este momento seja uma bênção! Sem dúvida é um momento importante para este segmento cristão no mundo. Mas e quanto ao resto dos cristãos? Como ficamos nós, que não compartilhamos da sua jurisprudência, da sua infalibilidade e do seu governo?
Nesse tempo de Quaresma esses e outros questionamentos podem e devem ser feitos. Sem desprezar o acontecimento da eleição do novo Papa para os Católicos, demais cristãos e Católicos, somos convidados, na Quaresma, a nos perguntar se ainda temos o mais importante: Cristo!
É elementar a fé cristã que tenhamos Cristo, o Crucificado (1 Coríntios 2.2), como único fundamento da fé (Efésios 2.19-20). Afinal “não há outro nome dado entre os homens” (Atos 4.11-12), dentre os quais venha a Salvação a não ser Cristo. Sem Cristo, mesmo tendo Papa continuamos na condição de pecadores e sem Salvação.
Para Cristo não há substituto. Ele é o nosso substituto diante do Pai que requer de nós santidade absoluta (Levítico 19.2). Como não a temos por natureza (Romanos 3.23 e 6.23), carecemos de um substituto que não pode ser apenas mero homem. Mas Jesus Cristo, como confessam os cristãos “é um só Senhor, …Filho unigênito do Deus e nascido do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz de Luz, Verdadeiro Deus de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas; o qual, por amor de nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, e encarnou, pelo Espírito Santo, na Virgem Maria, e se fez homem;…(Credo Niceno, In: Livro de Concórdia, 1580, Trad. Arnaldo Schüler, 1980, Ed Concórdia, pg. 19); Sim, somente Cristo é o nosso Substituto na Cruz. Nela intercedeu por nós, tornando-se nosso Salvador. Por isso confessamos que Jesus “também foi crucificado em nosso favor sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e subiu aos céus; e está sentado à destra do Pai, e virá pela segunda vez, em glória, para julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim” (Idem).
Eis o verdadeiro motivo de celebração nesta Quaresma e em todos os tempos por todos os cristãos. O resto, mesmo sendo importante, é secundário. Dessa forma, não nos iludamos com o secundário no cenário mundial. Ele não deveria nos desviar de Cristo. Pois para Cristo não há substituto. Somente Cristo é o substituto. Permaneçamos hoje e sempre na fé em Cristo nosso único mediador entre Deus e nós (1 Timóteo 2.5). Amém.
Abençoada Quaresma.
Pr. José Daniel Steimetz