Vivemos rodeados de mentiras, explícitas e ocultas. Dias atrás reparei o preço da gasolina: R$ 2,999. Perguntei ao frentista se ele conseguia o troco caso pedisse apenas 1 litro. Parece que no mundo dos negócios, com raras exceções, nada se consegue sem iludir. Em tudo é assim, tanto que uma pesquisa conclui que cada pessoa ouve 100 mentiras por dia. É o que diz a matéria de capa da última Veja, “As marcas da mentira”, onde a revista trata de estudos que afirmam que é possível decifrar se uma pessoa diz a verdade, tudo isso através da linguagem verbal, facial e corporal. Achei intrigante que nossas expressões através dos 43 músculos do rosto são as mesmas em qualquer lugar do mundo quando sentimos medo, tristeza, nojo, alegria, desprezo, surpresa e raiva. O botox dificulta um pouco, mas tudo está na cara, verdades e mentiras.
A Bíblia diz que “existem sete coisas que o Senhor Deus detesta e que não pode tolerar: o olhar orgulhoso, a língua mentirosa, mãos que matam gente inocente, a mente que faz planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que diz mentiras e a pessoa que provoca brigas entre amigos” (Provérbios 6.16-19). Percebe-se que a mentira é mencionada duas vezes e está diretamente envolvida com as outras cinco intolerâncias divinas. Nem é preciso comentar os motivos dessa indignação do céu num mundo corrompido pela falsidade.
Todas as mentiras vêm de um lugar só, o coração humano (Marcos 7.21). Ninguém aprende a mentir com os outros, é coisa de cada um. “Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós”, sustenta a Bíblia (1 João 1.8). A mentira mais deslavada é dizer que não mentimos, aliás, uma blasfêmia, pois “se dizemos que não temos cometido pecados, fazemos de Deus um mentiroso” (1.10). Por que viver nessa falsidade? Até porque, se a mentira tem pernas curtas, a verdade vive para sempre (Provérbios 12.19). O melhor caminho em 2014 é a verdade!
Rev. Marcos Schmidt
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS