Cresce a comunicação virtual através de meios como o facebook, etc. E também a crítica a isso por causa do isolamento real que resulta. Quem não reparou grupos de pessoas aparentemente juntas, mas virtualmente separadas, presas a seus smartphones, tablets, etc.? Um relato triste que ouvi ilustra isso: “Nem dá mais vontade de ir para a casa da praia; o pessoal vive preso naqueles aparelhos”. O que antes era local de encontro, hoje virou aglomerado de pessoas, isoladas… juntas, porém separadas.
Deus é espírito, mas não é virtual. Ele é real. E para tornar evidente essa verdade tornou-se carne, um de nós. É isto que lembramos e vivenciamos no tempo de Advento. Ele aponta para o menino da manjedoura que é Deus realmente presente. O Menino cresceu e falou ao seu povo. Ensinou seus discípulos a se relacionarem face a face. Tão intensa foi essa sua forma de ensinar que, quando da negação de Pedro, bastou Jesus fixar seus olhos em Pedro (João 22.61) e ele, arrependido, chorou amargamente. Jesus age assim, face a face.
Seu comprometimento conosco é real. Na sua Palavra, a Bíblia, Jesus diz: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15:13). E foi exatamente isso que ele fez. Deu a sua vida por nós na cruz e nos perdoou. Ele não “curte” o nosso pecado, nem “comenta” aos quatro cantos as nossas fraquezas. Ele “compartilha” amor e misericórdia para nos ter realmente em sua companhia, já agora.
E tem mais. Paulo nos fala de outro encontro real e concreto com Jesus. Em 1 Coríntios 13.12, o texto do amor, Paulo afirma: “Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face.” 1 Co 13.12. Leia também o verso 13.
Num mundo de relacionamentos virtuais há boa nova real no ar. Em meio ao esfriamento dos relacionamentos, das doenças, por vezes terminais, que ameaçam, Deus não nos “exclui” do seu grupo. Nos aceita pela fé e nos lembra do encontro com ele não pelo “Face”, mas face a face. Guardemos essa boa nova em nossos corações tendo os olhos fixos em Jesus. Abençoado Advento.
Pr José Daniel Steimetz