“Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz” (Is 55.11).
A reflexão de hoje tem a ver com esta palavra em Isaías, mas ela também leva em conta a “provocação” do pastor José Daniel da semana passada e de um dos vários retornos que foram dados, sobre ter sido a milésima devoção semanal da CELC feitas por vários colaboradores ao longo de quase 20 anos.
A palavra produz efeito. Às vezes 10, 50 ou cem por um. Como sementes lançadas ao solo. Ela tem a ver com a criação e a preservação da nossa fé. Para Lutero a “fé é um salto no escuro para dentro dos braços de Deus”. Uma reação provocada pela palavra de Deus que implica total confiança.
Por isso ele também dizia que, depois de ter pregado a palavra, ele podia tomar tranquilamente sua cerveja na taberna ou em casa, provavelmente fabricada por Catarina, pois agora o Espírito Santo faria seu trabalho.
Podemos saber ou imaginar o resultado que o futuro reserva? A resposta é não. Ele depende totalmente de Deus. Mesmo assim, o apóstolo Paulo nos conclama a ‘pregar a palavra, instar, insistir, quer seja oportuno, quer não’ (2 Ts 4.2).
Diante disto, a preocupação em continuar com as devoções semanais do pastor José Daniel, nem precisariam existir, e ele sabe disso. Mas a provocação dele foi válida pelos vários retornos que produziu. Vou selecionar parte duma, sem a devida autorização e, por isso, não vou citar nome:
“Raramente não consigo lê-las. Gosto sempre, independentemente do estilo. Concordo que temos estado “afundados” em coisas para ler, e precisamos selecionar. E, nessa seleção, às vezes, deixo uma devoção para trás. Mas para mim elas são importantes porque, além de me propiciar um momento para “parar” e pensar sobre a vida que levo…refletir sobre a minha vida cristã…porque é uma leitura leve e diferente das que sou obrigada a fazer…e me fazem bem, dão prazer”.
Diante desse e dos outros retornos, pastor José Daniel, vale a pena insistir por mais mil ou outros mais de vinte anos de devoções. Mesmo que não tivéssemos retorno algum, vale a promessa de Deus que ela não retornará vazia.
Oscar Lehenbauer