Confesso que fiquei intrigado ao ver que o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, tem menos de 30 anos. É mais novo do que eu! Fui pesquisar a linha do tempo para ver o que existia antes dele e o que encontrei foi apenas locais onde bebês poderiam ser abandonados de forma sigilosa (1726), leis sobre mudanças de maioridade penal (1890), criação de colônias correcionais e reformatórios (1941) e finalmente em 1990 temos por escrito uma frase que diz: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, do ECA.
Depois que o ECA saiu, muita coisa já aconteceu. Algumas boas, como o disque 100 e campanhas contra a exploração sexual, e outras nem tanto. Creio que nossos legisladores até que tentam, mas precisamos de mais pessoas gritando como Jesus teve que gritar aos seus discípulos: Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso!
Deixem que as crianças gozem de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana. Deixem que as crianças tenham direito à vida, à saúde e à educação. Deixem que os pequeninos tenham direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. Não impeçam o seu desenvolvimento físico, mental, moral, social e espiritual.
Fiz questão de sublinhar “espiritual” porque somos uma igreja e estamos grandemente empenhados nesse desafio.
Oramos para que o direito à nova vida em Cristo pelo Batismo esteja sempre presente em nosso meio e nunca nos seja tirado. Pedimos ao Pai Celeste que nos proteja da tentação de impedir que os pequeninos venham à Sua casa – seja por preguiça, negligência ou ignorância dos seus cuidadores.
Rogamos ao Espírito Santo que pela Palavra, seja ela cantada, dramatizada, desenhada, pintada, encenada toque os corações dos nossos pequeninos como as palavras de Jesus as tocaram naquele diz em que ele as abençoou dizendo:
“O Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele. Lucas 18.15-17.
Otto Neitzel
