Gálatas 4.4: “Vindo, pois, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho.”

Estranha essa ideia de tratar um ano como se fosse um ser com vontade, um semi-deus, que distribuísse bens e males durante 365/366 dias e, depois, perdesse o seu poder para o ano novo, o qual traria o seu próprio saco de bondades e de maldades para distribuir ao longo dos dias de seu mandato. Estranha ideia de um ano que morre e outro que nasce. Como se a vida fosse recortada em períodos precisos de anos, meses, dias, horas, etc., cada qual uma pequena potestade sob comando do calendário. Estranha, mas antiga, a ideia de que o tempo fosse um poder quase-divino, uma entidade ou principado, um poder que nos governa e ao qual estamos presos. Estranhas as simpatias, superstições e oferendas na entrada do ano novo, como se pudéssemos agradar a este novo poder governante sobre nós, para que nos distribua coisas boas e não as ruins (que estas fiquem para outras pessoas).

Estranha, parece, mas antiga idolatria. Na mitologia grega, duas divindades encarnavam o tempo: Chronos, o tempo que se mede, e Kairós, o tempo que irrompe. O Novo Testamento divide entre o tempo da lei, governado pelas fases da lua (Gálatas 4.10), e o tempo da graça, que irrompe no mundo para libertar a humanidade do acúmulo de dívidas sob o império da lei, do peso das obrigações vencidas e dos pecados não redimidos em tempo (Gálatas 4.3-6). Cristo é o Kairós da Graça. O próximo ano, podemos começar com esperanças, mas logo o peso das obrigações nos mostra que estamos presos ao mesmo sistema, no qual sempre estamos em dívida. Cristo venceu o poder dos astros que medem o dia e a noite, as estações e os anos, ao qual estávamos submetidos desde nosso nascimento (Colossenses 2.14,15). Cristo sobe aos céus mais altos (Ascensão), acima de todos os astros, acima do tempo, acima das obrigações e exigências na forma de mandamentos e leis, e nos eleva junto com ele para viver, cada dia, a partir da graça (Colossenses 3.1-4; Hebreus 4.14). E isso porque ele cumpriu o tempo, cumpriu a lei, pagou a dívida, nos redimiu da escravidão. O tempo perdeu seu poder sobre nós, porque Chronos foi vencido pelo Kairós da graça, o Hoje da salvação, o tempo sem medida, o tempo da graça (Hebreus 3.13).

ORAÇÃO: Amado Pai Celestial, damos graças pelo ano que passou e colocamos nossas vidas em teu cuidado no ano que em breve começa, confiando no teu amor que é de eternidade à eternidade que, na plenitude do tempo, nos redimiu de todas as nossas dívidas por meio de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, em quem temos perdão, vida e salvação. Amém.

Luisivan Vellar Strelow

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