Quando fiz o vestibular para Estudos Sociais na UFPEL (Universidade Federal de Pelotas) cometi dois erros de grafia imperdoáveis na prova de português. Em vez de “misto” marquei “mixto”, e descobri que o erro foi por causa do Mixto Esporte Clube, de Cuiabá, Mato Grosso, que aparecia seguidamente nos jornais. O outro erro foi assinalar “ascenção” em vez de “ascensão”. Para esse erro não achei explicação, pois ascensão é uma palavra frequente na Bíblia, e se refere ao ápice da trajetória de Jesus para nos salvar.
Lucas, o historiador do Novo Testamento, encerra seu evangelho com o episódio da Ascensão de Jesus e, em Atos, retoma esse acontecimento com um recado dos anjos aos discípulos que continuavam olhando para o alto: “Por que vocês estão aí olhando para o céu? Esse Jesus que estava com vocês e foi levado para o céu voltará do mesmo modo que vocês o viram subir”(Atos 1.11). Eles tinham a tarefa para realizar.
W.H. Griffith Thomas resumiu o que significa a Ascensão para os cristãos. Ela fala de uma redenção que se cumpriu (Hebreus 8.1), a obra de sumo sacerdote do Salvador (Hebreus 4.14), seu senhorio sobre a igreja (Efésios 1.22), sua intercessão por nós junto ao seu Pai celestial (1 Timóteo 2.5), a vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes (Atos 2.33), a presença do Senhor junto a nós hoje (Mateus 28.20) e a expectativa da sua volta a esta terra (1 Tessalonicenses 4.16)
Há uma ligação entre a Ascensão de Jesus e sua Segunda Vinda. É um novo tempo, no qual a igreja de Cristo é a coluna vertebral da História e o povo de Deus é chamado a ser testemunha de Cristo. Esta tarefa, antes de ser uma convocação para o trabalho, é uma identificação. Testemunha, no original, é “mártir”, isto é, “alguém que está tão identificado com o seu ideal a ponto de sofrer as últimas consequências por causa dele”. E, meus amigos, o que Jesus disse aos discípulos vale também para cada um de nós.
Edgar Lemke