Faz sentido uma frase atribuída a Lutero a respeito da vida de oração: “A oração é o suor da alma”. Assim como acontece no exercício físico, o desafio da vida de oração é ultrapassar a zona de conforto, nem que cause suor e dor. Precisamos desse esforço e disciplina, pois nos ocupamos com tantas coisas que não achamos tempo nem disposição para essa conversa regular com Deus, mesmo sabendo que Jesus disse para orarmos sempre e nunca desanimar (Lucas 18.1).
Há muitos trechos na bíblia que nos incentivam à oração em qualquer situação da vida. No sofrimento é hora de suplicar ao Pai Celeste por força para resistir com fidelidade (Salmo 30.1-4). Na doença é hora de pedir as orações da igreja e seus pastores (Tiago 5.15-16). Na alegria, tanto da alma como do coração, é hora de agradecer a Deus por sua bondade (Salmo 63.4). Charles Spourgeon, renomado pregador batista da Inglaterra no séc. XIX, costumava dizer: “A oração é para o tempo, mas o louvor é para a eternidade”. É oportuno lembrar que o poder da oração sempre está naquele que pode atender, não naquele que pede. As orações precisam estar de acordo com a vontade do Pai. É o “seja feita a tua vontade” da oração que Jesus ensinou (Mateus 6.10).
Já que a “oração é o suor da alma” que tal malhar conforme a orientação de Lutero: “É bom que, de manhã cedo, se faça da oração a primeira atividade, e de noite, a última. E cuide-se muito bem desses pensamentos falsos e enganosos que dizem: Espera um pouco, daqui a uma hora vou orar. Porque com esses pensamentos a gente passa da oração para os afazeres que prendem e envolvem a gente a ponto de não mais sair oração o dia inteiro”.
Edgar Lemke