Alguém de vocês já abraçou ou foi abraçado após o culto no Domingo de Pentecostes com o desejo de “um Feliz Pentecostes”? Imagino que não… e convenhamos que a frase sequer soa bem.
Bom, nós jamais devemos criar uma hierarquia entre as datas festivas do calendário cristão, visto que todas as celebrações se interligam e formam a comemoração da obra de Deus em favor da humanidade. No entanto, costumamos comemorar o Natal e a Páscoa com muita emoção. Mas, e por que não o Pentecostes?
No dia de Pentecostes, a Boa Nova da salvação conquista por Cristo é efetivamente lançada para as nações. Quando, de forma maravilhosa, o Espírito Santo desce sobre os discípulos, aqueles judeus que estavam espalhados pelo mundo puderam ouvir, em sua própria língua, o Evangelho de Cristo.
Cabe lembrar que não eram idiomas inexistentes, mas sim, apenas estranhos ao contexto territorial. Seria mais ou menos como se hoje um pregador, pelo poder do Espírito Santo e, de acordo com uma necessidade, falasse em mandarim para um público de chineses (língua estranha, mas humanamente compreensível).
Mas o fato é que, ao dar este poder aos discípulos, Deus atesta definitivamente que a salvação é para todos. Inclusive, para mim e para ti… e, se não fosse essa vontade de Deus, ainda estaríamos perdidos e condenados.
No entanto, pela ação do Espírito Santo que nos conecta à obra de Cristo, somos tornados parte do povo de Deus. E este que veio de maneira maravilhosa sobre os discípulos, hoje vem a nós de maneira mais singela, mas tão bonita, significativa e plena quanto há dois mil anos: através do nosso Batismo, da Palavra que ouvimos e da Santa Ceia (que infelizmente estamos momentaneamente impedidos de participar).
Por isso, nunca mais hesite: ano que vem, se tudo estiver de volta ao normal, no Domingo de Pentecostes, após o culto, dê um abraço apertado no seu irmão e irmã na fé e deseje um “Feliz dia de Pentecostes” para eles.
Jordan W. Gowert Madia