Neste domingo celebramos um evento bastante emblemático e significativo do ministério terreno de Jesus. Tão significativo que, dos quatro evangelistas, três deles fazem questão de contar o episódio em seus livros.
Pois bem, naquele dia, Cristo e o “Trio Parada Dura:” Pedro, Tiago e João, sobem num monte desconhecido (os estudiosos ficam em dúvida entre o monte Tabor e o monte Hermom) e lá, irradiando um brilho sem igual, “com roupas tão brancas que nenhum lavandeiro do mundo poderia alvejar” (Mc 9.3), Jesus conversa com Elias e Moisés.
Imaginem por um instante aquela cena. Pensem na sensação que os discípulos puderam experimentar. Não é à toa que Pedro tenta prolongar aquele momento ao se oferecer para construir três tendas, uma para cada um daqueles homens tão importantes. No entanto, Elias, que representa todos os profetas, e Moisés, que personifica toda a lei de Deus, ficariam por pouco tempo. E tão rápido como isso começou também terminou…, num piscar de olhos, ambos desapareceram, ficando apenas Jesus com o trio de discípulos.
Acontece que estes dois, assim como tudo o que eles representavam, eram passageiros, insuficientes para a salvação e serviam, na verdade, para apontar para aquilo que valeria para sempre. Todo sacrifício e toda lei cerimonial observada no Antigo Testamento, encontram em Jesus o seu real significado. Isso tudo era apenas um feixe de luz que apontava para o futuro: Cristo e a sua obra. Tanto é assim que, naquele dia, Moisés e Elias passaram e somente Cristo permaneceu com os discípulos. Somente Cristo permanece conosco hoje.
Nele toda a necessidade humana de salvação chega ao fim. Todas exigências de Deus são cumpridas e saciadas. É por isso que vocês e eu vivemos sob a graça e não sob a lei. Este é o consolo que podemos ter ao olhar para este episódio curto, mas cheio de significado, da vida de Jesus.
Jordan Gowert Madia – *P600
*Nomenclatura que indica que este Aluno do Seminário Concórdia está no sexto ano dos seus estudos para o Santo Ministério.