Os estragos da loucura causada por Welligton Menezes de Oliveira, 24 anos, ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril, matar a tiros 12 estudantes e ferir mais 18 estão apenas começando. As seqüelas pós-trauma das crianças sobreviventes e adultos que presenciaram a chacina são inimagináveis.
Um pouco desse sofrimento transparece na comoção nacional que a matança provocou, desde o silencio dos mais distraídos até as lágrimas da presidente Dilma. O que dizer aos pais, colegas e professores dessas crianças executadas covardemente?
Há na Bíblia a narrativa de uma chacina muito mais aterradora que sempre mexe com nossos sentimentos. Quando Herodes se viu enganado pelos sábios do Oriente que visitaram Jesus, resolveu matar todos os meninos de menos de dois anos em Belém e arredores. O evangelista Mateus explicou que aquela loucura cumpria uma profecia de Jeremias: “Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem” (Mateus 2.18).
Raquel – são as mães dos alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira que estão inconsoláveis porque não tem mais os filhos para amar, cuidar e levar à escola.
Se por causa de Jesus Herodes mandou matar as crianças de Belém nós, por causa do mesmo Jesus podemos fazer referência a uma luz que brilha na escuridão e pode confortar. Jesus, com sua morte e ressurreição, garantiu: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25).
As seqüelas pós-trauma podem deixar as pessoas inconsoláveis. Elas precisam de tratamento especializado e muito amor. Deus, ao derramar o seu Espírito nos seus corações, pode trazer consolo e cura. “Essa esperança não nos deixa decepcionados!” (Romanos 5.5)
Edgar lemke
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