Alguém uma vez disse que não tinha problema com Cristo, mas sim com os cristãos. Realmente, se fizéssemos uma lista de todos os que se dizem “cristãos”, nosso nome estaria ao lado de nomes como o de Anders Breivik, o jovem norueguês que matou 68 pessoas na sexta-feira passada.
Anders foi identificado na mídia como um “fundamentalista cristão de extrema direita”. Ele é adepto de um pensamento egoísta que poderia ser parafraseado assim: “Noruega, Europa e ocidente só para cristãos”. Quanta gente já não morreu por causa de pensamentos assim?
Apesar de sermos cristãos, o pecado, o diabo e nossa natureza humana continuam ofuscando nossos olhos. A fraqueza de todo cristão é olhar para as coisas terrenas como sendo mais importantes do que as coisas celestes; é valorizar a criação e ignorar o Criador. O que são fronteiras políticas, o que são povos, raças e nações quando comparados com a pátria celeste, com um só povo e um só rebanho?
Será que somos mais sal da terra e luz aqui neste mundo ou somos mais “fundamentalistas cristãos”? Será que abrimos as fronteiras do céu com a mensagem da salvação em Cristo ou criamos barreiras com nossa prontidão para julgar o próximo?
A graça de Cristo é para todos inclusive para os que se dizem “cristãos”. Jamais conseguiremos entender essa graça, afinal de contas, como é que ainda pode haver esperança de salvação para alguém que comete um crime tão bárbaro desses? Não podemos nos esquecer de que é por graça que nosso nome está na lista dos malfeitores a quem Cristo diz: Eu afirmo a você que isto é verdade: hoje você estará comigo no paraíso. (Lucas 23.43)
Otto Neitzel
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