De todas as citações que o colega Pastor Edgar usou em sua mensagem neste último domingo sobre o tema “As crianças numa sociedade em transformação”, a que mais me chamou a atenção foi a do especialista em vínculos humanos, Sergio Sinay:
“Em pleno século 21, quem não quer ter filhos não tem, de modo que não há desculpas. Quem tem filhos tem responsabilidades sobre uma vida. Essa vida precisa de respostas. E diria que só há uma maneira de aprender a ser pai e mãe: convivendo com os filhos, estando presentes em suas vidas, errar, pedir desculpas, reparar o erro e seguir adiante, sempre com responsabilidade e presença.”
Eu fiz questão de grifar “estando presentes” e a palavra “presença” porque concordei com o autor nesse ponto. Afinal de contas, como pode alguém aprender a ser pai se não se faz presente na vida de seus filhos? Se pensarmos isso inversamente, como pode um filho aprender quem é seu pai se esse pai não está presente em sua vida? Indo um pouco além, como pode uma criança nos dias de hoje aprender quem é seu Pai eterno se esse Pai não está presente em sua vida?
Nós sabemos que nosso Pai eterno está e sempre estará presente em nossas vidas. Ele está presente em nossos lares, na nossa família, no nosso coração, mas a sua presença é real na sua Palavra e Sacramentos. É lá que aprendemos pela fé sobre nosso pai e sobre sua onipresença em nossas vidas.
Imagino que ser um bom pai numa sociedade em transformação deve ser uma tarefa muito difícil, mas creio que mais dificil ainda é continuar sendo sempre um pai cristão, responsável e presente. É por isso que precisamos cada vez mais da presença de Cristo em nossas vidas. Em pleno século 21, Cristo ainda é a resposta de Deus para as nossas vidas e a de nossos filhos.
Bom Pastor, os nossos lares guarda em tua comunhão.
Neles edifica altares com diária devoção.
Mantém pais e filhos na fé bem unidos,
lembrando-os que foram por ti redimidos.
Que nunca lhes falte o celeste maná:
o Cristo, a Palavra da vida lhes dá!
(HL 452.1)
Amém.
Otto Neitzel