Há a história de um menino que estava num barco a passeio em alto mar. Por um descuido, ele resvalou e caiu na água. Vendo-o um marinheiro se lança ao mar e o salva. Dois dias depois a mãe do menino vai ao capitão do barco para saber qual o marinheiro que havia salvado o seu filho. Ao encontrar o marinheiro que resgatara o seu filho, ela lhe pergunta: “Onde está o boné do meu filho”? Outro dia, quando não havia celular, fui incumbido de avisar a esposa de um motoqueiro que bateu no carro do meu colega com uma moto poderosa. A primeira pergunta que a mulher fez foi: “a moto estragou muito?”
Nós muitas vezes enfocamos o aspecto errado nas situações que vivenciamos e valorizamos mais as coisas do que as pessoas. Mais estranho ainda é enfocar o aspecto errado quando se trata da nossa vida de fé e centramos a atenção em nós mesmos e em nossos (de)feitos e não em Jesus e sua Salvação.
Na verdade Jesus não é apenas o centro da religião cristã. Ele é o Senhor do Universo, o centro da História o fundamento da Igreja e Senhor de nossas vidas. “Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo” (Cl 1.20). O apóstolo Paulo resume assim o seu feito em nos arrancar da escravidão do pecado e nos levar para junto do Pai: Sem nenhuma dúvida, é grandiosa a verdade revelada da nossa religião. Essa verdade é a seguinte: “Ele se tornou um ser humano, foi aprovado pelo Espírito de Deus, foi visto pelos anjos, foi anunciado entre as nações, foi aceito com fé por muitos no mundo inteiro e foi levado para a glória” (1 Tm 2.16).
Não faz bem perguntar pelo “boné” ou pelo “estrago da moto” quando o tema é nossa salvação. Vale o conselho do escritor da carta aos Hebreus: “Por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas” (Hb 2.1).
Edgar Lemke