Texto: Nunca mais apareceu em Israel um profeta como Moisés, com quem Deus falava face a face.
Deuteronômio 34.10
Entramos na semana da fantasia. Essa será a marca do país nos próximos dias. Exceto alguns municípios, nos demais, a realidade da morte de mais de 200 jovens, já foi convertida em fantasia. E será esquecida na folia. Um comentarista de rádio falou: “Apoio muito o carnaval. Nesse período as pessoas esquecem seus problemas”. Isso outra coisa não é que “tapar o sol com a peneira”. Viver na fantasia é o método mais fácil de enganar-se e também aos outros.
Claro, viver na realidade é difícil. Mas é preciso. “Melhor uma triste verdade do que uma doce mentira – diz o ditado. Aliás, o Carnaval é uma realidade. E tem pontos positivos como a geração de emprego, por exemplo. Por outro lado, leva muitos a viverem fantasias. Geralmente doces mentiras de resultado bem real, como uma gravidez indesejada, por exemplo, ou a AIDS, ou, ou… E talvez ainda, a perda da fé, adoração a deuses estranhos – percebam as alegorias e músicas… Logo, a fantasia carnavalesca tornar-se-á o pesadelo real de muitos. E a volta realidade poderá ser mais dura que a realidade anterior a fantasia. Que tal situação real não pegue nenhum cristão “desavisado”. Que ninguém julgue ser possível dispensar a realidade, inclusive a realidade de Deus, em Cristo, trocando-a por um momento de fantasia.
O povo de Deus viveu a realidade da libertação do Egito, os cuidados de Deus pós-libertação, a travessia do Mar Vermelho, Maná, codornizes, Moisés como líder… e muito perdão. Mas na caminhada à Terra Prometida, fantasiou várias vezes. Desejou voltar à escravidão no Egito, murmurou, construiu e adorou um bezerro de ouro. E o resultado foi sempre catastrófico. A cada fuga da realidade, uma situação trágica, dolorida…, sucedia. A mais difícil foi ter de peregrinar por 40 anos na realidade do deserto. Essa situação acometeu até mesmo Moisés, o maior líder que um povo jamais conheceu. Maior não por ele, tendo em vista que ele mesmo nem cogitava tal notoriedade. Mas resultado da ação graciosa de Deus em sua vida. Deuteronômio registra que não houve profeta como ele. Não por prestigio próprio, mas por decisão de Deus de mantê-lo na realidade, perdoando até suas fantasias. Com cuidados e perdão Deus fez o seu povo. Povo real.
Encare a fé como dádiva divina. Creia na realidade de Deus que se fez real entre nós em Jesus Cristo. Seu viver real transformou vidas. Sua morte e ressurreição real nos alcança a realidade da salvação. Não troque essa realidade por fantasias, sejam quais forem, em nenhum tempo, quer seja neste carnaval ou noutros dias nos quais as fantasias vierem roubar essa consoladora realidade.
Abençoada semana a todos.
Pr José Daniel Steimetz